Autoridades conferem distribuição do inseticida
A Prefeitura de Riozinho investe cerca de R$ 30 mil por ano no combate ao
borrachudo no município com a compra do produto BTI (Bacillus thuringiensis var.
israelensis), um larvicida biológico que mata somente as larvas e quebra o
ciclo de vida do mosquito. “Antigamente esse custo era repassado às famílias, que tinham que
adquirir o produto do município. Esse é o quinto ano que estamos oferecendo-o
gratuitamente às famílias e contamos com uma parceria com os agricultores para
que possamos realizar uma ação eficaz no combate ao borrachudo”, explica o prefeito
Airton Trevizani da Rosa (Alemão).
O trabalho iniciou na última quinzena de dezembro com a aplicação de um
inseticida biológico na água. No final do ano, uma reunião entre a
municipalidade e os produtores definiu que os agricultores irão auxiliar na
aplicação do larvicida, auxiliando a administração nessa tarefa. “Em diversas
localidades teremos o apoio de famílias responsáveis pela aplicação do BTI. No
entanto, o produto só pode ser usado na água em dias de sol, com o tempo mínimo
de quatro horas antes da chuva, para ter maior eficácia. Ao receber o produto,
o responsável terá 24 horas para usá-lo, se o tempo permitir”, explica Alemão.
Durante o processo, o inseticida é diluído em água na proporção adequada e
espalhado pelo riacho ou córrego. Em segundos, forma-se uma espuma. Segundo
estudos da Embrapa, o inseticida não faz mal à saúde humana, de peixes e de
outros animais. O órgão já catalocou 170 espécies desse mosquito, que podem
transmitir uma doença chamada oncocercose, provocando caroços na pele – efeito
mais comum da ação do borrachudo.
Em Riozinho, pelo
fato de o município ser uma das maiores áreas de Mata Atlântica e com um rio
que corta a cidade, o borrachudo encontra um ambiente favorável para sua
procriação. A produção de suínos no interior, quando não ocorre o manejo e os
devidos cuidados de higienização, é outra preocupação da Administração. “As
larvas se alimentam de matéria orgânica. Por isso, lixo e dejetos de animais
são o combustível para o criatório do borrachudo”, revela o secretário Sérgio
Koch.
Nas
propriedades do interior, uma das medidas para combater o borrachudo é
construir esterqueiras fechadas para que a matéria orgânica não chegue aos
arroios. Este material pode ser usado como adubo urbano na lavoura, melhorando
assim o solo, orienta a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.
Prefeitura de
Riozinho
Data: 09.01.2014
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